Mensagens

TEMA: A LÂMPADA DE DEUS
Texto Bíblico: 1 Samuel.3.3-4
INTRODUÇÃO: A lâmpada é sempre retratada na Bíblia, como símbolo de luz e vida. O texto de 1 Sm.3.3-4, diz que “antes que a lâmpada de Deus se apagasse, o Senhor chamou o menino..”. Deus nunca deixará a sua lâmpada se apagar. Ele sempre encontrará alguém para usar em suas mãos.
1- A LÂMPADA COMO SIMBOLO DE LUZ
1.1- No Tabernáculo, a lâmpada deveria permanecer acesa continuamente (Ex.27.20).
1.2- Em 2 Sm.22.29, está escrito que o Senhor é a nossa lâmpada, e derrama luz nas nossas trevas.
1.3- Em Jó.29.3, Jó afirma que o Senhor fazia resplandecer a sua lâmpada sobre a sua cabeça.
1.4- A Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés, e luz para os nossos caminhos (SL.119.105).
1.5- Em Pv.6.23, está escrito que o mandamento do Senhor é lâmpada.
2- A LÂMPADA COMO SIMBOLO DE VIDA
2.1- Em 2 Sm.21.17, Davi é chamado de “lâmpada de Israel”. Enquanto Davi estivesse vivo, a lâmpada de Israel continuaria acesa.
2.2- Em 1 Rs.11.36, está escrito que o próprio Deus não queria que a lâmpada de Davi se apagasse. Por isso, deixou uma tribo para o descendente de Davi governar. As Escrituras chamam frequentemente de “brasa”, “lâmpada”, ou “luz”, o sucessor da família. Por sua vez, da palavra “lareira”, que contém brasa, surgiu a palavra “lar” ou “família”. As pessoas que escapam de Alguma tragédia são chamadas de “brasas vivas’.
2.3- Em Jo.5.35, Jesus disse que João Batista, era a lâmpada que ardia e iluminava.
2.4- Em Mt.25.4, Jesus ensinou que as pessoas prudentes conservam suas lâmpadas acesas, através do azeite, que é um símbolo do Espírito Santo em nossas vidas.
2.5- Em Fp.2.15, Paulo ensina que devemos resplandecer como astros no mundo.
2.6- Em Ap.21.23, o Cordeiro de Deus é a Lâmpada da Nova Jerusalém.
2.7- Em Ap.22.16, Jesus Cristo é a “Raiz de Davi, a Resplandecente Estrela da Manhã”.
CONCLUSÃO: Precisamos conservar o azeite em nossas lâmpadas, para que as nossas lâmpadas permaneçam acesas continuamente.


         A Relação entre o Fogo e o Altar

Texto: Levítico 6: 8-13

No texto em questão, entendemos que há uma relação profunda e interdependente entre o FOGO e o ALTAR. O fogo precisava estar aceso, sempre, sobre o altar, para consumir o holocausto. E o sacerdote era a pessoa responsável pela manutenção diária dessa relação, tanto na manutenção do fogo, quanto na organização do altar. Vemos aqui dois elementos interdependentes entre si, mas que dependem de um terceiro elemento para mantê-los em constante sintonia

A ordenança de Deus era para o
FOGO “arder continuamente sobre o altar” do tabernáculo. Mas, por que?

1.  Porque Deus havia iniciado (Mt 28: 19, 20);

2.  Representava a presença eterna de Deus no sistema de sacrifícios;

3.  Mostrava ao povo que, somente através do gracioso favor de Deus é que seus sacrifícios poderiam ser aceitos.

Como o fogo é o produto da combustão de matérias inflamáveis, ele necessita de bastante madeira e combustível para desenvolver e manter, simultaneamente, o calor e a luz. E o interessante nessa questão é que não é qualquer tipo de madeira que serve para manter o fogo aceso.

Também se faz necessário manter um estoque suficiente de madeiras para inserção no fogo, à medida que as outras vão se tornando em cinzas.

Essas madeiras precisam estar juntas para formarem as brasas necessárias que mantém o fogo “ardendo continuamente”, e num lugar determinado para isso:
O Altar.

O altar era uma mesa especial de pedra, destinado à imolação de vítimas em holocausto ou a outros tipos de sacrifícios. A palavra HOLOCAUSTO, que vem do grego holókauston, significa “o sacrifício em que a vítima era queimada inteira”.

Conforme mencionado acima, o Sacerdote é a peça-chave para manter a relação entre o FOGO e o ALTAR em harmonia contínua. Mas, ele só conseguirá realizar esse feito, de acordo com a vontade de Deus, se executar diariamente as seguintes tarefas:

1.  Levantar a cinza e colocar junto ao altar;

2.  Acender a lenha toda manhã; e

3.  Colocar em ordem o holocausto.

Faz-se necessário entender que “Lei do Holocausto” dada ao povo de Israel foi uma figura utilizada por Deus para demonstrar o que viria na Nova Aliança. Após o sacrifício e ressurreição de Jesus, O FOGO passou a ser representando pelo Espírito Santo, que habita dentro de nós; o ALTAR é o nosso próprio corpo, que é “templo e morada do Espírito Santo”. Nós somos os SACERDOTES, que temos a responsabilidade de apresentar Deus ao povo... E o povo a Deus, através da oração e pregação da Palavra de Deus. E o HOLOCAUSTO representa a nossa carne, que precisa ser crucificada na cruz de Cristo, durante todos os dias da nossa vida.

Com isso, entendemos que nós somos os únicos responsáveis pela manutenção da presença de Deus em nossa vida contínua e constantemente. Para isso, devemos refletir sobre as tarefas que os sacerdotes executavam diariamente sobre o altar. São elas:

1. LEVANTAR A CINZA. Essa tarefa tem o objetivo de remover os resíduos DESNECESSÁRIOS que, geralmente, ficam sobre o altar após queimada da madeira. Esses resíduos devem ser removidos definitivamente e postos ao lado do altar (LIXO).

As cinzas significam as lembranças de pecados que já foram consumidos juntos com o holocausto e a madeira. Como estes já foram consumidos, logo, as cinzas precisam ser removidas para FORA DO ALTAR.

Não devemos nos alimentar das práticas ou lembranças do passado, pois somos novas criaturas em Cristo. Tudo se fez NOVO (2 Co 5:17).


2. ACENDER A LENHA. Essa prática deveria ser feita todas as manhãs, como uma das tarefas prioritárias do sacerdote. Ele deveria ficar atento, para colocar novas lenhas sobre o altar para manter o fogo aceso.

“Acender a Lenha” significa revisar, diariamente, nossa vida de comunhão com Deus, mantendo uma devoção diária, através da meditação na Palavra de Deus e vida de oração cotidianamente.


3. COLOCAR O HOLOCAUSTO EM ORDEM. Essa prática tem um significado profundo, que é o de “negar-se a si mesmo”, pois o holocausto representa a abstração da vontade própria para satisfazer a outrem.

Essa é a tarefa que considero mais difícil porque exige que nós abramos mão da nossa própria vontade, para satisfazer a vontade de Deus. E nem todo mundo quer fazer isso na prática.

O resultado da execução diária e cuidadosa dessas tarefas é a não extinção do fogo sobre o altar, que significa dizer que a presença de Deus é uma constante em nossas vidas. Após isso, poderemos ratificar que, em nós, “o fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará”.

Que o Senhor nos abençoe.






O Cavador de poços

“Dali subiu para Berseba. Na mesma noite, lhe apareceu o SENHOR e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo. Então, levantou ali um altar e, tendo invocado o nome do SENHOR, armou a sua tenda; e os servos de Isaque abriram ali um poço. Nesse mesmo dia, vieram os servos de Isaque e, dando-lhe notícia do poço que tinham cavado, lhe disseram: Achamos água. Ao poço, chamou-lhe Seba; por isso, Berseba é o nome daquela cidade até ao dia de hoje” Gênesis 26:17 a 25,32 e 33

Cavar poços na antiguidade significava a busca de um bem muito precioso, muito mais valioso que o ouro e também provia a própria sustentabilidade e sobrevivência da vida pessoal e familiar.

Devido à predominância da vida rural nos desertos do oriente, a criação de animais, ovelhas, gados, fazia da água forte fonte de provisão que trazia riquezas a quem a encontrasse.

Isaque era um homem obstinado, um exímio cavador de poços. Aprendeu com seu pai Abraão, ser um homem de caráter, trabalhador e cumpridor de seus deveres, tanto nas relações familiares como sociais.

A prosperidade obtida passava pelo exemplo de fé que viu e ouviu, de modo tão exemplar em seu pai.

A prática de cavar poços e motivar aos servos a trabalharem na busca das águas profundas, fazia de Isaque um homem riquíssimo, tudo em que tocava prosperava. Deus estava com ele.

Por inveja, seus inimigos o perseguiram e o expulsaram de suas terras, mas quanto mais eles procuravam fazer-lhe mal, lançando-o fora, mais ele prosperava.

A terra onde Isaque morava passava por uma grande fome e ele teve que ir para um lugar distante, a terra dos Filisteus. Deus o proibiu de ir para o Egito e foi em Gerar que ele fez morada.

Em Gerar, com trabalho, esforço e com as mãos abençoadas, Isaque logo se destacou como um dos homens bem sucedidos daquele país, e por esta causa o expulsaram como já havia ocorrido outras vezes. E assim, ele foi morar no ‘vale’ de Gerar. “Então Isaque saiu dali e se acampou no vale de Gerar, onde habitou.” Gênesis 26:17

Muitas vezes, quando sofremos perseguições, somos lançados no vale, na planície; o lugar onde os inimigos procuram nos humilhar e nos fazer sofrer. Existe vários vales pelos quais passamos em nossa humilhação: vale da vergonha, do desemprego, das dívidas, das tensões familiares, da discórdia com o esposo, com a esposa, no relacionamento difícil com os filhos, traições, invejas, amarguras, tristezas, da enfermidade, do abandono. É um verdadeiro martírio, um vale é um lugar de prova e de sofrimento.

Como ser abençoado no vale? Como conseguir ver a mão de Deus em um tempo de sofrimento e perseguição de nossos inimigos? Como prosperar no vale? A resposta é: Cavando poços.

Isaque continuou cavando poços no vale. Ele não parou, lamentando-se, maldizendo-se, e não deu importância à ridicularização que seus inimigos empreendiam contra ele.

Cavar poços dá trabalho. Ir à busca das águas profundas dá trabalho. A água é um bem que provê sustentabilidade, provisão e vida. Têm muitos que estão morrendo porque pararam de cavar poços, pararam de trabalhar e de acreditar que a bênção viria.

Continue cavando, não pare!!!

Tenha uma convicção em sua alma: você encontrará água com seu esforço, com seu trabalho, com ajuda de outros. Não será nada fácil, mas ela brotará, fluindo com força e constantemente.

Isaque, no vale em Gerar, cavou os mesmos poços que seu pai havia cavado e que os filisteus mais tarde os tinham entulhado. Havia se passado quase cem anos, desde que seu pai tinha passado por ali. Mas as marcas da obediência, e do trabalho que fizera, continuavam ali, como memorial.

O respeito, amor e admiração que Isaque nutria por seu pai, o impulsionaram a honrá-lo, pois o testemunho que ele deixará foram paradigmas que o ajudaram no tempo de crise, pelo qual passava.

Um principio espiritual para sua vida: nunca se esqueça de honrar as pessoas que você ama, mesmo de um passado distante, pois, o reconhecimento é uma dádiva dos sábios.

Cavando poços no vale, Isaque achou água, mas os inimigos disseram “esta água é nossa!”. Houve contenda entre os servos de Isaque e os servos de Abimeleque, o rei daquela cidade. Pelo que o poço passou a ser chamado de ‘Eseque”, que significa: “contenda’“Cavaram os servos de Isaque no vale, e acharam um poço de água nascente. Mas os pastores de Gerar contenderam com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou o poço de Ezeque, porque contenderam com ele.” Gênesis 26:20.

No vale, pessoas irão dizer quando obtiveres alguma bênção: “ Isso é meu, a mim pertence”. O que fazer quando a contenda chegar? Brigar, bater, esmurrar, xingar, processar, matar? Não! O tempo e o desgaste produzidos nas contendas irá fazer falta na hora de escavar novos poços.

Isaque, na contenda, mostrou que tinha o coração sarado e confiava que seu Deus, que nunca falha, daria outro lugar em que fosse abençoado. Ele saiu dali e foi cavar poços em outro lugar.

Deixa-me dizer-te uma coisa: aonde você for à bênção te seguirá!

Tornaram a cavar poços em outro lugar, e logo acharam águas, mas os inimigos tornaram a dizer: “Essa água é nossa!”; por isso aquele poço foi chamado de Sitna, que significa: ódio, mesma raiz hebraica de Satanás. . “Então cavaram outro poço, e também por causa deste contenderam, recebeu o nome de Sitna.” Gênesis 26:21

No vale, a raiz de Satanás, geradora de ódio e amargura irão querer tomar conta de tua alma; são verdadeiros inimigos que irão querer tirar a tua bênção. O que fazer nesse tempo? Matar, amaldiçoar, maldizer o dia que nascestes? Não!!! Saia do conflito, saia do meio das pessoas contenciosas e malignas, saia do meio dessa raiz maligna de Satanás. Vá cavar poços em outro lugar. A Bíblia diz: caminhe a segunda milha; bateram e tua face oferece outra. Mateus 5:39,41 Deus está contigo, a bênção te seguirá.

Isaque saiu e foi cavar poços em outro lugar. Não é o lugar que é abençoado, é você que leva a bênção e o Deus da bênção em tua vida.

Isaque achou água, e os inimigos não o perseguiram mais, por isso ele passa a chamar aquele lugar de Reobote, ‘amplidão’, ‘Alargamento’. Partindo dali, cavou ainda outro poço; e, como por esse não contenderam, chamou-lhe Reobote e disse: Porque agora nos deu lugar o SENHOR, e prosperaremos na terra.” Gênesis 26:22

Isaque achou que por não haver mais conflitos com os inimigos, aquele era o lugar definitivo da bênção de Deus para sua vida. Ele estava enganado.

Devemos aprender um principio importante: nem sempre as ausências de conflitos significam que Deus está nos abençoando e que ali é o melhor lugar para nós. É verdade, há um alívio, um alargamento, uma amplitude; temos folga, mas Deus tem mais, tem coisas melhores para nós, tem promessas poderosas.

Isaque estava satisfeito no vale em Gerar, mas Deus tinha Berseba para ele, o lugar da bênção. Nunca o vale será bom o suficiente para nós, temos que subir a Berseba, lugar de promessas e de alianças.

Depois do vale, das lutas e provações, vem a segurança de que nosso amado Deus não nos abandonou.

Isaque subiu, para Berseba, e ali se acampou, invocou a Deus, e Deus se revelou para ele.

Berseba significa: O poço do juramento e das alianças, das promessas.

Foi em Berseba, cem anos antes, que Isaque viu Deus revelar – se a seu pai, Abraão, como EL Olam, o Deus eterno, o Deus das profundezas, que se esconde e que se revela aos seus servos e amigos. Naquele mesmo lugar, ele ouviu as mesmas palavras que o fizeram ter a certeza de que as promessas divinas são cumpridas.

Deus disse a Isaque: “Não temas, porque eu sou contigo, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abrão, meu servo.” Deus fez uma promessa que abençoaria sua vida e sua posteridade para sempre. Assim como fez com Abraão, chamando-o de amigo. Deus cumpre as suas promessas.

Deus, o El Olam, tem promessas para os que caminham na fé de Abraão e de Isaque. Ele tem o melhor dessa terra para nós.

Isaque fez quatro coisas importantes em Berseba, que todos devemos fazer: 1. Levantou um altar. 2. Invocou o nome do SENHOR. 3. Armou a sua tenda. 4. Deixou os seus servos abrisse ali um poço.

O altar é lugar da presença de Deus, e onde fazemos sacrifícios. O invocar a Deus é nossa devoção diária a El Olam. Armar a tenda significa que a minha casa deve está próxima à presença de Deus. Significa também estabilidade no propósito com Deus. Cavar poços em Berseba significa que preciso continuar acreditando que meu Deus abençoará as obras de minhas mãos, e eu irei encontrar as águas profundas. “Nesse mesmo dia, vieram os servos de Isaque e, dando-lhe notícia do poço que tinham cavado lhe disseram: Achamos água. Ao poço, chamou-lhe Seba; por isso, Berseba é o nome daquela cidade até ao dia de hoje” Gênesis 26: 33

Aquele que procura cavar seus poços em busca das águas profundas do Espírito Santo, em terra de promessa, além de encontrar água, será reconhecido pelos inimigos como “O abençoado do Senhor.” Gênesis 26:29